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'12 Horas de Teatro' sobe ao palco do Theatro da Paz pela primeira vez

sábado, 19 de maio de 2012

Quatorze espetáculos gratuitos serão encenados neste sábado (19).

As peças são voltadas para vários públicos, com temas infantis e épicos.

Sem nada para fazer no sábado? Que tal passar 12h no Teatro? Essa é a proposta do projeto '12 horas de Teatro no Teatro da Paz'. Ao todo 14 espetáculos de vários gêneros e para vários públicos serão apresentados das 10h às 22h deste sábado (19), em Belém (PA), com intervalos de apenas cinco minutos entre eles. Todos com entrada franca.
Do teatro infantil ao épico, com textos que abordam temas contemporâneos e atemporais como meio ambiente, preconceito racial, saúde e ainda questões sobre os índios na região amazônica, o projeto busca dar visibilidade à produção artística local, tanto de Belém, quanto de outros municípios do estado e, ainda por cima, formar platéias no Pará.
Espetáculo 'Os 4 amigos Saltibancos', de Belém (Foto: Divulgação)"O Objetivo é criar oportunidades para que essas companhias do Pará mostrem suas produções no palco de Belém, Teatro da Paz, pois muitos anseiam por isso. As dificuldades encontradas por esses grupos estão relacionadas a questões financeiras, principalmente aos valores das pautas nos teatros, assim como a produção, já que os custos são altos", explica a Federação de Artes Cênicas do Estado do Pará, responsável pela empreitada.
O intervalo de um espetáculo para o outro será de cinco minutos, já que o evento estará com uma equipe preparada e os cenários pré-montados, agilizando o tempo de intervalos para que não se prolonguem e a espera não seja um motivo de cansaço para o público.
Ao longo do ano várias oficinas são ministradas nos municípios filiados à Federação, culminando com o evento, momento que também serve como ponto de encontro entre os artistas paraenses.
"Teatro 12 horas sabemos que ainda é pouco para a quantidade de produções que estão acontecendo, mas já se tornou algo concreto na medida em que revitaliza as produções do nosso Estado", explica Fernando Rassy, da coordenação geral do projeto.
''3 Espelhos e uma Cama', do Distrito de Icoaracy, está na programação (Foto: Divulgação)Companhias - As apresentações são das companhias Luzes (Belém). Encenação (Belém), Mambembe ( Santa Luzia do Pará), Os Intrusos (Moju), Panada (tucurui), Raizes (S. S. da Boa Vista), Influarte ( Concórdia do Pará), Vivência (Belém), Cipoarte (Abaetetuba), Avero ( Oeiras do Pará), Mistura Nativa (Tomé-Açu), Argonautas (Castanhal), Thaetro (Icoaraci), Bom Intento (Bujarú).
Federação - A Federação de Artes Cênicas Estadual existe no Estado Pará há 21 anos e vem realizando diversos projetos no Pará, como a Campanha Vá ao Teatro, Festival Estadual de Teatro, entre outros.
Serviço: '12 horas de Teatro ,acontece neste sábado(19), das10h às 22h , no Theatro da Paz. A entrada franca.

Fonte: G1 Pará

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Gang do Eletro faz show em festival em São Paulo

quinta-feira, 10 de maio de 2012


Uma festa de aparelhagem na periferia. Uma balada em uma cobertura de luxo. Servindo de ponte de ligação entre esses dois mundos aparentemente opostos, o som da Gang do Eletro. Ao combinar duas situações tão distintas, o clipe de “Galera da Laje”, em fase de pré-produção pela Rede Cultura de Comunicação (Funtelpa), define de um jeito certeiro a fase atual do grupo.

As batidas eletrônicas aceleradas e letras retratando o universo das festas de subúrbio de Belém concederam à banda status cult entre os modernosos. Tanto que Waldo Squash, Marcos Maderito, Willian Love e Keila Gentil chegam cheios de moral à edição brasileira do Sónar, que começa amanhã em São Paulo. Entre as principais atrações, o grupo alemão Kraftwerk, além de outros grandes nomes da música eletrônica, como o rapper americano Cee Lo Green e o duo francês de electro-rock Justice. Enric Palau, diretor artístico e um dos criadores do festival, demonstrou curiosidade pelo show da Gang em entrevista à revista Época. “Acho que o tecnobrega pode causar o mesmo impacto que o funk carioca teve no exterior, há alguns anos”, disse ele.

“As pessoas de fora têm mesmo muita curiosidade. São atraídas pela coisa da aparelhagem. Vão pelo diferente”, reconhece Waldo Squash.

A banda vem se aproveitando do bom momento da música paraense no cenário nacional. O caso mais evidente desse namoro na atualidade é a projeção de Gaby Amarantos com “Ex My Love”, tema de abertura “Cheias de Charme”, novela das 19h da TV Globo. A conterrânea é uma das principais responsáveis pela divulgação do nome da Gang do Eletro. A música “Galera da Laje”, hit chiclete de Maderito em louvor às festas de aparelhagem foi assimilado ao repertório da diva do tecnobrega, compondo inclusive o novo disco de Gaby, “Treme”, com previsão de lançamento para o segundo semestre.

“‘Galera da Laje’ já fazia parte do repertório dela [da Gaby] faz um tempo. A inclusão no disco foi natural. Só ganhamos com ela cantando nossa música. Ela tocou nossa música no ‘Altas Horas’, até. É um orgulho. Ouvi dizer que a ‘Galera da Laje’ tá sendo muito requisitada no Projac. Acho que em breve a gente vai dar um pulo por lá”, afirma Maderito, falando do jeito acelerado que lhe é peculiar, motivo de seu apelido de “Garoto Alucinado”.

Carisma

É inegável o mérito da Gang. Cada apresentação é seguida por uma enxurrada de críticas positivas. A mídia especializada costuma se render com comentários empolgados. A banda ganhou destaque na revista inglesa especializada em música Wire, que indicou duas músicas da dupla. No jornal O Globo foram parar como um dos dez mais importantes álbuns de 2010 – mesmo sem ter lançado um álbum.

O conceito quase alienígena de “música eletrônica da Amazônia” para as plateias de fora os fizeram se destacar entre a - já considera exótica - música paraense. No palco, o clima é de aparelhagem: com letras recheadas de gírias locais como “passar o sal” e “só no charminho” e os movimentos robóticos da “tremidinha” da vocalista Keila.

 
O recente boom do tecnobrega vem embalado pelo interesse internacional pelo ritmo, inserido no movimento global ghetto tech. Espécie de resposta do século 21 à world music, o ghetto-tech pode ser conceituado como uma junção de várias cenas “periféricas”, que diferem em ritmo e influências, mas têm em comum o fato de serem feitas no computador, calcadas em ritmo e batida eletrônicos.

Investir em território gringo já está na lista de prioridades da banda, que vê o Sonár como o carimbo no passaporte para esse projeto. “Já temos uma proposta para o disco e uma turnê fora do país está em cogitação. Acho que o Sonár pode ser uma ótima oportunidade para a gente azeitar esses projetos. Mas a gente tá indo para ver o festival em si. É sempre um aprendizado. No Rec Beat, eu assisti ao show do Sistema Solar, da Colômbia. E ‘fiquei doente’, porque sou apaixonado por cúmbia eletrônica. Aquilo me abriu a mente para fazer algo parecido dentro do eletromelody”, conta Squash.

Enquanto a carreira internacional não decola, eles vêm ganhando terreno no resto do país. No festival Rec Beat, em que se apresentaram no ano passado, em Pernambuco, a aceitação foi tamanha que o público não deu sossego nem na passagem de som. “O pessoal começou a chegar, a pedir mais uma. Como é que consegue parar? O Rec Beat é uma enorme vitrine porque Recife durante o carnaval é um ponto estratégico. Vai muita gente, de tudo quanto é lugar. O festival é gratuito, também. Nunca tocamos pra tanta gente”, revela a jovem cantora de 21 anos.

Sucesso também se deve à força das ‘equipes’

Keila Gentil e William Love eram vocalistas da AR-15, outro fenômeno das festas de aparelhagem, antes de serem convidados para participar da Gang em 2010. “O Waldo me convidou para uma parceria, já que ele estava pensando em expandir a banda, contratar novos dançarinos, um vocal feminino”, relembra Love. A Gang surgiu em 2008, em meio à efervescente cena tecnomelody paraense.

Marcos Maderito e Waldo Squash seguiram carreiras paralelas na cena tecnobrega, até se encontrar para formar a Gang do Eletro. Maderito foi roadie e fez cover dos Mamonas Assassinas, enquanto Waldo Squash, que é mecânico industrial, trabalhou como produtor de áudio em rádios do interior.

Maderito aprendeu seu ofício gravando por encomenda para as equipes de aparelhagem, espécie de fã-clube formado pelos frequentadores das festas de tecnobrega. Foi graças à atividade que conheceu seu principal parceiro musical, o DJ Waldo Squash. “Eu tava estourado com a ‘Galera da Laje’ e o Waldo tava com a ‘Super Pop é Curtição’. Aí, no Super Pop, os DJs estavam misturando nossas músicas. Começam com o refrão ‘Laje, laje. É a galera da laje. Super Pop é curtição’. E os próprios fãs incentivavam esse encontro. Perguntavam quando a gente ia fazer alguma coisa juntos. Um amigo nosso fez a ponte. Ele estava trabalhando com o Waldo e me passou o telefone dele. Marcamos no mesmo dia pra gente se encontrar lá em São Braz”, relembra Maderito.

Naquele mesmo dia surgiu o primeiro trabalho da dupla para a equipe Super Chopp, de Tomé-Açú. Compor sob encomenda para equipes de aparelhagem continua sendo uma das principais atividades da Gang. Mas do que uma fonte de renda, é o jeito que a banda encontra de se manter próximo de seus fãs. “E tem aquela tradição do cara [o DJ] de tocar e mandar abraço. Como não dá pra mandar abraço pra todo mundo, formam uma equipe. Compor pra equipe te faz ficar considerado entre a galera. Além de fonte de inspiração pra banda, várias músicas de equipe entraram no repertório da banda”, define Waldo, provando que seja na laje ou na cobertura, Gang é só sucesso.



Fonte: Diário do Pará

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