Final: Paysandu com cara de decisão

O olhar de mal do zagueiro Paulão já diz tudo. O time do Paysandu está cada dia mais compenetrado para o duelo final diante do Águia no Mangueirão, domingo que vem. Isso ficou evidente ontem, quando a equipe participou do primeiro coletivo da semana, que teve como novidade na equipe principal a volta de Flávio Medina na lateral-direita, Tácio e Sandro no meio-campo acompanhados de Marquinho, quando todos esperavam Fabrício, utilizado na equipe de baixo.
Contudo, o treinador Charles Guerreiro ressalta que o time que vai enfrentar o Azulão ainda não está definido e que, na próxima sexta-feira (4), haverá outro apronto para nova observação. “O Cláudio Allax ainda está sentindo, mas temos o coletivo de sexta para aguardar”, planejava. No início da noite veio a informação de que a ultrassonografia a que Allax se submeteu na coxa não apontou alterações.A surpresa de Marquinho como titular foi explicada pelo técnico. “Ele entrou muito bem no último jogo contra o Águia, o Fabrício também fez um bom treino na equipe de baixo, mas na sexta eu defino quem vai jogar. O importante é que está todo mundo querendo”, analisa.
Mesmo sem a garantia de que será o titular, Marquinho demonstra determinação e esperança de escapar dos anunciados cortes pós-final. “Independente de ser decisão, ou não, eu tinha certeza de que uma hora a oportunidade ia aparecer. Apesar de meu contrato estar terminando, espero fazer o meu melhor”, pontua.
Aos cinegrafistas presentes, uma única restrição durante o coletivo: não filmar os lances de bola parada, em especial as cobranças de pênalti.
Meia vai para o treino e irrita Departamento Médico bicolorO presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro pode até ser considerado folclórico, mas em uma coisa ele tem razão: na Curuzu, todo dia tem uma novidade. Ontem essa regra não teve exceção e quem cuidou de ser a peça principal da história foi o meio-campista Alexandre Carioca. Retirado de maca da primeira partida da decisão, em Marabá, após reclamar uma torção no tornozelo, o atleta havia sido vetado pelo Departamento Médico para as atividades de ontem, mas contrariou a decisão e entrou em campo, irritando os médicos do clube.O ortopedista José Silvério, se mostrou indignado com a atitude do jogador e chegou a ironizar a súbita melhora do entorse sofrido. “Nunca vi uma pessoa sofrer uma torção, que não conseguia nem colocar o pé no chão, e já estar recuperado. É impossível que essa lesão tenha cicatrizado de ontem para hoje. Ele participou do coletivo por livre e espontânea vontade, para mim isso é mais grave”, afirmou, observando que o DM não havia mesmo identificado edema no local reclamado pelo atleta.Sobre o meia William, que oficialmente está no DM, Silvério deu a entender que o caso é mais administrativo. O jogador havia até sido dado como dispensado na última quarta (1º), mas a diretoria voltou atrás e resolveu aguardar a final do Paraense

Fonte: Diário do Pará